O picão-preto (Bidens sp.) é uma das plantas daninhas mais conhecidas pelos agricultores e disseminada nos cultivos do Brasil. Apesar de já terem sido encontradas no país pelo menos sete espécies deste gênero, há duas que são as principais causadoras de danos em áreas agrícolas: Bidens subalternans e Bidens pilosa.
Ambas as espécies são herbáceas, anuais, apresentam caule anguloso, medem geralmente 0,3 a 1,2 m, se reproduzem por sementes e podem ser encontradas em todas as regiões brasileiras, em lavouras anuais e perenes, além de hortaliças, beiras de estradas e áreas urbanas. São plantas muito semelhantes morfologicamente, o que gera a necessidade de cautela para a identificação correta destas espécies.
As principais diferenças entre as duas espécies podem ser notadas no estádio vegetativo, como por exemplo, na coloração das folhas e nervuras e nas margens do segundo par de folhas. Entretanto, a identificação é mais segura após a emissão dos primeiros capítulos (inflorescências). Mesmo assim, é importante observar mais de uma característica para concluir a identificação.
A dicotomia representa a forma de inserção das folhas e ramos secundários ao longo do ramo principal. A coloração das corolas também é importante, visto que corolas brancas só aparecem em B. pilosa e amarelas só em B. subalternans. Vale ressaltar que pode haver capítulos sem corolas ou até mesmo plantas com ausência destas estruturas. Por último, o número e a angulação das aristas dos aquênios também são essenciais para a diferenciação das espécies.
Na tabela abaixo consta o resumo das características morfológicas para a diferenciação de espécies de picão-preto (B. pilosa e B. subalternans).
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