No Brasil, as primeiras populações de picão-preto (Bidens spp.) resistentes apareceram ainda na década de 1990 em áreas onde se cultivava soja convencional. Desde então, alguns trabalhos têm caracterizado resistência aos “Inibidores da ALS - Grupo 2 (B)” em diversos locais do país. Também já foram constatadas resistência múltipla de B. subalternans e B. pilosa aos “Inibidores da ALS - Grupo 2 (B)“ e aos “Inibidores do fotossistema II - Grupo 5 (C1/C2)”, herbicida frequentemente utilizado no milho. Recentemente, foi confirmado o caso de resistência de B. subalternans a herbicida do grupo dos “Inibidores da EPSPs - Grupo 9 (G).
Alguns herbicidas de mecanismos de ação diferentes daqueles já relatados com casos de resistência podem ser utilizados para o controle de picão-preto, dentre eles inibidores da protox - Grupo 14 (E), inibidores da glutamina sintetase - Grupo 10 (H), inibidores da DOXP - Grupo 13 (F4), inibidores do fotossistema I - Grupo 22 (D) e mimetizadores de auxina - Grupo 4 (O).
Em síntese, é necessário ficar atento às falhas de controle no campo. Ao mesmo tempo, medidas para a prevenção da resistência devem ser adotadas, como por exemplo rotação de culturas e de mecanismos de ação dos herbicidas, limpeza de implementos agrícolas e monitoramento de populações.
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Referência: MENDES R.R. & OLIVEIRA JUNIOR, R. S. Picão-preto: identificação das espécies e resistência a herbicidas. Informe técnico, v. 0001, n. 0001, 2020.
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