O glifosato age inibindo a enzima EPSPS. A inibição desta enzima provoca o acúmulo de ácido chiquímico e reduz a síntese de aminoácidos aromáticos (triptofano, tirosina e fenilalanina), fundamentais na alocação do carbono. Além disso, afeta a produção de compostos importantes, como flavonas, isoflavonas, antocianinas, taninos condensados, ligninas, entre outros, essenciais para o desenvolvimento das plantas.
A enzima EPSPS, possui elevado nível de conservação entre espécies vegetais, ou seja, a região onde o herbicida se liga na enzima não apresenta muitas mudanças entres as espécies vegetais, característica esta que confere ao glifosato amplo espectro de ação sobre os vegetais e pouca seletividade.
Dentre as características do herbicida glifosato que intensifica seu uso na agricultura está a capacidade de translocar das diversas partes do tecido vegetal para os meristemas, raízes e órgãos de propagação vegetativa, inibindo a ação da enzima EPSPS. Os genes que expressam a EPSPS são mais ativos nos meristemas, seguidos por colmos, folhas maduras e cotilédones. Há evidências de que existe íntima relação entre a expressão da EPSPS no tecido vegetal e a suscetibilidade ao glifosato.
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Referência: CHRISTOFFOLETI, P. J. & NICOLAI, M. Aspectos de resistência de plantas daninhas a herbicidas. 4ª ed. Piracicaba: ESALQ, 2016.
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