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Resistindo à resistência


Picão-preto (Bidens pilosa)

A grande maioria dos trabalhos científicos que tratam da resistência de plantas daninhas a herbicidas, tratam da identificação de biótipos resistentes, desenvolvimento de curvas de dose-resposta, avaliação da resistência cruzada, seleção de herbicidas que mantêm a eficácia em genótipos resistentes a outros herbicidas.


Um número menor de trabalhos procura desenvolver tecnologias que restabeleçam a sensibilidade das populações resistentes. Contudo, os avanços recentes em bioquímica e genética vegetal podem permitir que essa alternativa seja comercialmente disponível em um futuro próximo.


Embora as primeiras tentativas neste sentido correspondam ao uso de inibidores de enzimas que promovem a degradação de herbicidas, uma nova alternativa se abre com o domínio das tecnologias fundamentadas em RNA de interferência (RNAi). Os herbicidas exercem sua ação através da interação com proteínas sendo a grande maioria enzimas. Sendo possível desenvolver RNAi, o controle pode ser obtido pela redução da expressão do gene que produzirá uma determinada enzima ou proteína.


O desenvolvimento de RNAs de interferência pode ser feito especificamente para reduzir a expressão de genes que induzem resistência. Podem ser genes relacionados ao metabolismo, à redução de absorção ou translocação ou ao aumento do nível de expressão do gene que codifica a proteína que é o sítio de ação de um herbicida.


No nosso site você tem acesso a diversos materiais relacionados ao manejo da resistência de plantas daninhas aos herbicidas. Confira!



Referência: VELINI, E. D.; CARBONARI, C. A.; GOMES, G.L.G.C.; TROPALDI, L. Perspectivas na evolução dos casos de resistência no Brasil: Novos conceitos sobre a resistência de plantas daninhas a herbicidas. In: CHRISTOFFOLETI, P. J. & NICOLAI, M. Aspectos de resistência de plantas daninhas a herbicidas. 4ª ed. Piracicaba: ESALQ, 2016. p. 255.


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